quinta-feira, 29 de março de 2012

As pessoas alegam não ter tempo para amar.
Há muito que se fazer, livros para ler, assuntos para estudar, filmes para assistir, músicas para ouvir, dinheiro a ganhar.
Mas me pergunto, pra quê ter conhecimento sem ter com quem dividi-lo? Que graça tem ouvir uma música que não te serve de trilha sonora, que não reavive em você a sensação daquele beijo, daquele olhar...Pra quê tanto dinheiro se nunca há tempo para gastar com coisas que lhe fazem bem?
Pra mim o amor é uma necessidade quase fisiológica! Você sempre arranja tempo pra comer, pra ir ao banheiro, pra tomar banho...Por que então tanta dificuldade em arranjar tempo pro amor?
Para mim, estar só (por opção) é egoísmo. É julgar-se tão bom, tão superior, que precisar de alguém pra viver é fraqueza demais. É guardar só pra si o melhor que há em você, é recusar-se a dividir suas felicidades e pesares com alguém, porque amar é doar, compartilhar...
Pode ser medo também...De ver-se fraco, dependente, impotente, ligado a outra pessoa por elos invisíveis e indestrutíveis.
Eu não ligo em ser fraca. Gosto mesmo de me doar...de doar cada gota de sangue, lágrima e suor por quem eu amo.
Porque há de chegar o dia em que você terá tempo de sobra pra gastar. Ainda haverá o que ler, ver ou estudar, mas seus olhos estarão cansados. Seus ouvidos não terão a mesma acuidade de antes, embora as melodias de antes ainda te embalem. E nessa hora, não haverá no mundo dinheiro que possa comprar o que, um dia, quiseram te dar de graça.

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