segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Eu descobri que existem príncipes encantados!
Não aqueles que a gente vê nos desenhos, que chega montado num cavalo branco, tem um cabelo impecável, dança valsa e se ajoelha pra colocar na gente um sapatinho de cristal.
Desses aí não existe mesmo. Aliás, nunca existiu! Pobre de quem cresceu esperando encontrar um assim.
Às vezes me pergunto se o nosso problema não é justamente ficar procurando em homens de verdade, coisas que só se vê na ficção.
O príncipe de verdade não chega num cavalo branco...pode vir de busão, de moto, de bike, ou a pé mesmo. Vai ver por isso às vezes demore tanto a chegar.
O príncipe de verdade nem sempre sabe dançar valsa (quem dirá outras coisas!), não necessariamente tem o cabelo impecável e muito menos se ajoelha pra você.
O príncipe de verdade faz você dançar só com os olhos. Você o acha maravilhoso até com o cabelo bagunçado e não se ajoelha a seus pés, mas está sempre de mãos dadas com você.
O príncipe de verdade às vezes está cansado e não quer te ver, tem problemas pessoais e profissionais como qualquer outro ser humano, mas quando vai dormir à noite só pensa em você.
O príncipe de verdade não é filho do rei, ou tem um castelo...mas ele te trata como princesa e quer construir um reino só pra te ver feliz.
Mas o mais importante, é que o príncipe encantado, assim como nas histórias infantis, às vezes é um sapo.
É preciso muita paciência pra ver o seu lado príncipe aflorar.
Mas quando isso acontecer...você viverá feliz para sempre (pelo menos enquanto o encanto durar) ;-)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Estou quase certa de que só agora aprendi a amar.
Não porque me sinto tão feliz e completa ao seu lado, ou pelo bem que me faz sua presença... amar assim é muito fácil!
É fácil amar quando se está perto, quando é tudo um mar de rosas, quando não há problemas e a vida é uma eterna lua de mel.
Eu descobri que te amava não na respiração ofegante de quando fazemos amor, ou no abraço de bom dia.
Eu descobri que te amava quando precisei abrir mão de tudo isso pra te ver feliz. Quando vi que, mesmo não sendo sua prioridade, não me importava em ficar ali, em segundo plano, desde que, de alguma forma eu fizesse parte dos seus planos.
Eu percebi de verdade que te amava quando tive que engolir o choro pra não te magoar, quando disfarcei a saudade pra não te sufocar, quando disse não me importar quando tudo o que eu queria era pedir atenção.
Eu vi o quanto te amava quando, apenas um telefonema ou uma notícia apagava toda e qualquer angústia, quando só te ver feliz já me bastava pra minha própria felicidade.
Eu senti o quanto te amava quando as palavras passaram a não servir mais, quando as músicas pararam de resumir, quando o peito parou de caber...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Plena

Quero o doce e o amargo,
Provar cada sabor que vem da sua boca...
Quero o mel e o fel nosso de cada dia,
Dormir no seu aconchego,
Acordar em seus braços e te saudar com um sorriso.

Quero todos os sorrisos do mundo
Pra enfeitar essa alegria
Quero as lágrimas da saudade
E muito mais as do reencontro.

Quero as palavras bonitas,
Os olhares apaixonados,
As mãos quentes e macias
que acalmam meu corpo...

Quero tudo a que tenho direito
Toda a dor e o amor
Pois só assim serei plena
(O único jeito que sei ser...)

domingo, 18 de setembro de 2011

Eu nunca te pedi pra ficar
Nunca te exigi amor ou que me fizesse promessas
Para mim sempre bastou que fôssemos nós
Naqueles poucos momentos em que nos permitíamos ser
Mas você me deu mais do que eu pedi
Me ofereceu a calma e a paz dos seus braços
Sem dizer nada me acolheu em seu abraço e me tomou para si
Eu fui me deixando ficar
Mesmo sabendo do enorme perigo de gostar
e não querer mais sair.
Eu tentei correr da calmaria
Deixar que o mar bravio me engolisse
E não deixasse eu me perder de mim
Mas seu peito quente me aconchegou e fez sentir protegida
E assim fui me entregando...sabendo do que estava por vir
Seus braços cada vez mais distantes
Seus abraços cada vez mais faltantes
A paz e a calma cada vez mais raras
E meus olhos cada vez mais suplicantes
pelo abraço que um dia me salvou...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Aprendi com a solidão a não ter medo do escuro
Porque quando fecho os olhos é tudo o que vejo
E é com os olhos fechados que tenho os mais belos sonhos.

Com ela aprendi a ser forte
Pois foi nela que que me apoiei pra me levantar
Quando só nós duas nos fazíamos companhia

Foi com a solidão que aprendi a chorar
A olhar meu rosto lavado de lágrimas
E reconhecer ali a beleza da dor

Mas acima de tudo, com a solidão aprendi a ser eu
Pois tive tempo pra me conhecer
Como ninguém jamais conheceria.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Queria estudar Direito

Mas nem quero mais. Já passou a vontade. Prefiro estudar jornalismo (direito) que ficar lendo leis o dia todo.
De verdade, já pensei muito mesmo em estudar direito. Mas nem procurei me informar melhor. Sabe o que é? As pessoas que estudam direito falam por si só. Aliás, só elas falam; ninguém mais tem este direito, apenas as pessoas DO direito.
Elas entendem tudo de leis. Entendem até o que fazer para burlá-las. São inteligentes, têm boa memória, sabem de cor toda a constituição do país e todos os códigos penais existentes. Só não conseguem se lembrar que existem outras pessoas que também têm direitos. Elas também não se lembram de ter deveres.
O pessoal DO direito sabe direitinho estragar uma conversa casual. Transformam tudo em palestra, em um julgamento em que é necessário defender sua ideia até o fim, como se fosse caso de vida ou morte.
Sei que se eu estudasse direito, teria uma carreira mais promissora. Poderia ser juíza, advogada, delegada, promotora e mais um monte de coisas. Sei também que ganharia bem mais do que ganho escrevendo essas coisas que talvez ninguém vá ler.
Mas também, quem é que lê o que o “povo” DO Direito escreve? Só eles mesmos se lêem. Eles escrevem termos absurdos, que pra que eles mesmos entendam é preciso um dicionário de português jurídico (eles têm até uma língua própria!!!). Mas só ficam nesse “escreve-e-não-lê”... então não faz diferença nenhuma. Se for pra ninguém ler, prefiro escrever sobre coisas mais interessantes, como o desinteresse que eu vejo em quem estuda Direito.
Até que acho bonito saber tudo das leis, saber como funciona o Estado e como reclamar seus direitos da maneira correta. Eu só não entendo é o porquê, já que muitas leis só existem no papel (são mera literatura), o Estado não funciona coisa nenhuma e a gente só sabe mesmo é dos nossos direitos, porque dos deveres ninguém quer saber.
Pra mim, a lei só existe mesmo pra que delas nasça a exceção. Então pra que estudar as regras se tem bem mais exceções e elas são bem mais interessantes?!
Até que seria legal ser uma dessas muitas coisas que se pode ser quando se faz Direito. Mas aí eu seria uma tiazinha super respeitável e super dentro da lei. Ia ser uma daquelas pessoas que deviam servir de exemplo, mas que no fim das contas só dão mau-exemplo. Eu podia ganhar muita grana e não trabalhar muito, mas isso é errado de acordo com as benditas regras de moral que meu avô me ensinou.
Eu podia fazer Direito e ser um milhão de coisas, mas ia estudar muito tempo até tirar carteirinha de OAB, ser aprovada num bom concurso e ter um emprego que compensasse todo esse esforço. Enquanto isso eu guardaria minha vida pra depois. Ia me casar velha, talvez adotar uma criança ou fica pra titia mesmo, daquelas que só aparecem no Natal e dão presentes caros.
Mas não pense que é preconceito meu não. Só falo essas coisas com base no que vejo todos os dias aqui nesse campus tão “eclético” onde Direito e Comunicação Social só se misturam no BASA. Até gosto de algumas pessoas do Direito. Algumas porque são da família, outras porque são exceção.
Enfim, eu queria muito estudar Direito... mas acabei optando por ser social.
E eu que só queria sentir prazer
Agora estou aqui, contando as horas pra te ver...
Emaranhada nos cabelos do seu peito me perdi...
Embriagada com seu cheiro adormeci
E ao abrir os olhos me deparei com o mar
Esse mar verde/azul que é o seu olhar...
E me deixei navegar nas suas palavras
pra que me levassem pra longe da dor que é ser sozinha.
E fui me guiando por você
Sem saber a hora certa de parar,
sem saber se era preciso anunciar.
E foi assim...
por você, aprendi a esperar o melhor de cada dia.
Só por você aprendi a ser livre e a te deixar voar,
Pra uma hora nos encontrarmos no mar...
Esse mar verde/azul que é o seu olhar
Esse mar que me resguarda um farol e um porto
pra quando eu precisar descansar
Enquanto isso me deixo aqui
emaranhada nos seus cabelos
presa por suas mãos intensas
envolta em suas pernas e braços
que não me aprisionam, mas me libertam
e me deixam ser que há muito eu já não era...

domingo, 14 de agosto de 2011

Aprendi com os ipês a florir
Não porque é primavera e é tempo de flores...
É quase setembro e o vento sopra forte
Derruba telhas e carrega pra longe as folhas.
Assim ele fez com minhas dores...lançou pelo mundo, pra longe de mim.
Nessa época do ano, o sol parece não ter dó
Queima, resseca, torna tuda a pó...
Mas o ipê resiste...
E entre a sequidão, persiste
E lança suas flores multicoloridas por entre galhos retorcidos e folhas caídas.
E assim sou eu
Mostrando minhas cores em plena aridez
Enchendo de pétalas o caminho por onde ando
pra enfeitar a primavera, que não chegou
Mas está se aproximando...
Não peço que esteja comigo o tempo todo...já o sinto assim, em meu coração.
Peço apenas que esteja aqui, quando eu precisar...
Quando meus olhos buscarem a paz que só os seus podem me dar...
Quando minhas mãos procurarem seu rosto pra acariciar...
E quando meu corpo precisar do seu, pra encher cada pedaço meu.
Esteja em mim todo dia, como em telepatia
Nas músicas que ouço, nas poesias que canto ou nos rabiscos que escrevo
Esteja assim, em cada melodia,
nos meus passos incertos, na minha insônia e em minha alegria.

E quando chegar a hora do encontro
Não haverá mágoas ou cobranças,
nem atropelos ou desesperanças...
Seremos línguas, unhas, pele e desejo
Carne escarnada pelo fogo que guardei em meu peito.
E sua voz vai ecoar em meus ouvidos
Me pedindo pra ficar nua, me rogando pra ser sua...
E nosso corpos trêmulos se entregarão, cansados
aos braços um do outro, e do acaso, que nos guia sempre ao mesmo lugar.

E assim, meus olhos encontrarão a paz que só os seus podem me dar
E minhas mãos encontrarão seu rosto pra acariciar
Minha alma enfim repousará
Sabendo que somos um do outro, enquanto durar...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ter você é como ter um pássaro nas mãos
Nâo se pode prender, pois o canto perde a graça
Não se pode soltar, pois se perde no céu...
Vou jogando então migalhas pelo caminho
deixando meus rastros pra você seguir
E precisar cada dia de um pouco mais
até fazer de mim o seu ninho...
Eu não procurava laços
Queria alçar o céu, ganhar os mares
Descobrir novos mundos
Mas então você me veio
E com sua voz suave, disse tudo o que eu queria ouvir
Me evolveu em seus braços de um jeito que eu não queria mais ir
E eu, que por tanto tempo quis ser só
Agora só quero estar ao seu lado
E gozar cada momento seu que me é dado
Viver a plenitude do instante, como uma fotografia
Congelar os segundos que são meus na sua vida.
E o que era pra ser casual
Tornou-se parte do que eu sou
Eu, que não sou nada
que não recebo nomes ou títulos
só preciso mesmo me sentir amada
E se você assim me fizer, pouco importa o tempo
Muito menos os rótulos ou convenções
Quero só sentir todas essas emoções que me vêm com o seu olhar
Sentir seu toque me percorrer
e saber que ali eu não preciso ser nada
porque sou SUA.

domingo, 12 de junho de 2011

Auto-estima

Estou apaixonada!
E a pessoa que amo
Ama a mim também.
Tendo a ela, não preciso de ninguém...
Com ela, não há saudade, não há dor ou sofrimento...
Nosso amor é calmo e só traz contentamento.
Por ela, seria capaz de tudo!
Com esse amor, eu iria até o fim do mundo...
Mas não preciso, pois ela está aqui.
Me admiro a cada dia com sua beleza,
Perto dela, nunca há tristeza.
Essa pessoa não faz jogos ou esquemas
seu amor é sincero e não precisa de rodeios.
Essa pessoa linda,
o amor da minha vida, tem um nome
e é o mesmo que o meu
porque o amor da minha vida,
simplesmente sou EU.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sem adoçante

Eu não gosto de cenas
Não gosto de jogos
Nem de teatros.
Gosto de ser eu mesma,
Pôr as cartas na mesa,
Rasgar o verbo,
Lavar roupa suja e quebrar os pratos.
Não aceito a etiqueta hipócrita
de que se deve ser indiferente...
não ligar no dia seguinte,
não dizer que sente falta,
não assumir que está carente.
Gosto da transparência,
da sinceridade,
sem aparências ou meias-verdades.
Sem essa de interpretar sinais...
porque não brincamos de ser mais reais?
Pra que esconder a dor num sorriso?
Gosto de esperar curar a ferida
Sem esparadrapos ou mertiolate!
É assim, expostas, ao ar livre,
que elas se curam de verdade.
Gosto de sentir o gosto verdadeiro da vida
Mesmo que seja amargo, que venha!
Sem adoçante!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pra você

São pra você as flores
Que eu colhi numa primavera distante.
São pra você as lágrimas
que deixei rolar naquele instante
Em que vi partir mais uma chance de ser feliz.
Eram suas as noites em claro
Em que não dormi esperando algo acontecer...
Eram seus os minutos gastos sem porquê...
Eram seus os sonhos que me faziam adormecer...
Foram seus os primeiros beijos,
As primeiras canções e poemas,
As primeiras dores desse coração
Que ainda se enfeita de flores
que ainda são pra você.
Se eu pudesse simplesmente calar meu coração
Ah...seria tão bom...
Calariam-se as dúvidas, as angústias, as dores...
Mas calariam-se também meus sonhos, meus desejos, e tudo mais que eu sou...

Ah, se eu pudesse!
Silenciaria meus fantasmas
Cortaria as amarras e os deixaria ir...
E então, talvez por uma noite inteira eu dormiria...

Se eu pudesse, silenciaria minha alma
Faria com que ela me deixasse em paz
E parasse de pedir sempre mais...

Mas tenho medo do silêncio
De me acostumar com ele
e desaprender a cantar...
Me pego olhando de novo as suas fotos, tentando encontrar em alguma pose vestígios do que eu conheci, rastros de que um dia passei por aí...
Analiso seus sorrisos tentando encontrar neles a mesma alegria que um dia eu vi (e vivi), buscando nos seus olhos o mesmo brilho que me fizeram acreditar que era pra sempre.
Procuro meu nome em seus escritos, querendo saber se ainda sou presente nos seus versos, buscando qualquer vínculo em que me agarrar.
E a cada palavra dita a mim, tento achar entrelinhas, contextos obscuros que só eu poderia entender, pois já te sei de cor...ou será que não sei mais?!
E os teus sinais me apavoram, me empolgam e me alucinam...deixam minha mente tonta e me fazem imaginar coisas. Boas e más, decentes e obcenas, mas apenas imaginação...
Nessa virtualização de ideias, tudo o que eu queria era te tornar real, te ver, tocar e sentir...fazê-lo sentir o mesmo que eu através de um olhar e mais uma vez se entregar ao sentimento.
Mas fico aqui, perdida entre fotos e escritos, escrevendo pra me distrair, mas nunca pra esquecer...

sábado, 4 de junho de 2011

Dê-me o melhor de você,
Que eu quero conhecer.
Dê-me palavras bonitas,
Mas não me faça promessas...
Deixe que a noite amanheça sobre sua cama
E deperte o melhor que há em nós.

Deixe-me ouvir o vento
que traz a sua presença
E sentir no corpo o arrepio que ele traz...
Me deixe embriagar no seu cheiro,
sufocar-me no calor do seu abraço,
Perder-me por entre sussurros e lençóis...
E então, seremos nós.

E quando a noite acabar seremos de novo
Eu e você
Livres de cobranças,
Mas atados à lembrança...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Eu deito pensando na hora de acordar e eu te encontrar
Sonhando com um tempo que eu nem sei se vai chegar
Eu passo o dia tentando me distrair,
vejo a noite passar sem conseguir dormir...
Faço planos, estudo hipóteses, traço rotas
E se Deus escreve certo por linhas tortas,
Estou tentando aprender a ler...
Mas é tão difícil esperar quando o que se quer é voar
Correr de encontro à vida ou à morte...
Lançar as moedas e brincar com a sorte...
E nesse meu louco jogo de azar você joga os dados quando quer
E eu, de medo de te perder,
Sem saber o que esperar,
Aceito as regras sem contestar...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eu queria chorar toda a dor e todo o amor que há em mim
pra sentir pelo menos uma vez como é estar vazia,
como é ser só eu, livre de elos, de perdas e danos...
Queria saber como fazer parar de bater por você esse coração...
E eu que já tentei de tudo já não sei o que fazer.
Já virei as costas pra ver se você me buscava...
mas você ficou com medo e me deixou ir.
Já voltei, pedi perdão, implorei...tentei o que pude!
Seu orgulho não me deixou agir!!!
E depois de muito lutar, cansada, me entreguei...
Deixei que a vida seguisse seu rumo e me levasse com ela
E ela me levou
E aí, quando você percebeu era tarde demais.
Mas agora que há de novo a chance de ser
Mais uma vez eu e você
Eu não sei mais o que fazer pra te mostrar que estou aqui
Pra mostrar que, como o prometido eu não me esqueci
E não vou esquecer...
Por que, por mais que eu voe por todos os céus
É sempre o seu ar que eu vou respirar...
Porque eu nunca me esqueci o quanto eu amo você
E esse amor também não quer me esquecer
Porque faz parte de mim, e é assim que tem que ser.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Guardei o amor, a mágoa, a dor e o sabor de ser eu...
Guardei numa gaveta bem no fundo, uma gaveta escondida em meio a minhas dúvidas e angústias.
Nessa gaveta ficaram coisas boas e ruins, mas todas importantes por serem parte de mim.
Deixei de fora só o que podia ser visto sem ser julgado, só o aceitável, o bonitinho e o convencional.
Cuidei daquelas coisas com cuidado, pra que não mofassem, não se perdessem e não quebrassem.
E um dia enfim!precisei sair do meu lugar-comum...tive que limpar a gaveta e mudar as coisas de lugar.
Achei-as tão lindas, tão novas e tão...MINHAS!
E então, tirei todas as coisas boas daquela gaveta. Coloquei-as de volta no coração.
As más, deixei lá...não pra serem esquecidas, mas revisitadas e reanalisadas.
E junto com essa coisas, juntei minha coragem, minha força e minha esperança e fui pro mundo ser EU.
Da gaveta, além de tanta lembrança, tirei um sonho perdido, uma esperança que não passara de recordação de amor vivido.
E esse sonho é o que uso pendurado no pescoço como medalha. É ele que enfeita a mesa de centro da minha sala, me lembrando do que eu sabia o tempo todo: ele jamais seria esquecido!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Uma mensagem de adeus...

Ela é assim: sorridente, carinhosa, bem disposta, sincera... tudo isso e mais um pouco, desde a primeira vez que a vi.
A cada vez que ela entrava pela porta toda arrumada e perfumada eu me sentia mais protegida, como se estivesse perto da minha própria mãe.
E é isso que ela é pra mim e sei que também pra muitas pessoas que tiveram o prazer de conhecê-la. Sua mania de cuidar de quem quer que fosse como se fosse de sua própria família era cativante e nos fazia ainda mais admiradores de seu enorme coração.
Na última semana tivemos uma reunião. Após dois anos que eu havia passado afastada da escola ela me recebia de volta.
Ao final daquela reunião nos despedimos.Seria um mero até breve, porque deveríamos nos ver de novo antes do carnaval.
Mas mesmo assim ela se levantou e me deu um longo abraço.
Embora saiba que jamais a veremos de novo, a cada vez que falar em Andréa Rosália, usarei verbos no presente, porque é assim que sempre a vi em minha vida e é assim que ela sempre será.
A saudade sempre existirá,mas não será maior que a alegria de tê-la conhecido e viver sua presença em nossas vidas.

Vá com Deus minha amiga.