segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ela não se parece comigo. Nem fisicamente, nem de outro jeito nenhum.
Ela é morena, eu azeda.
Ela tem os olhos coloridos, os meus não sabem que cor querem ter.
Ela é boazuda, eu sou magricela.
Ela tem um gosto estranho pra homens e músicas.
Ela vai pra balada sertaneja, pro funk, pra micareta, e pra qualquer outro lugar onde possa se divertir. Eu me limito ao samba, rock e MPB.
Ela é desafinada, mas quando canta comigo entra no meu tom.
Ela não quer estudar, nem trabalhar de carteira assinada. Quer ser cada dia uma mulher diferente, e mesmo assim seguir vivendo tão bem quanto qualquer simples mortal.
Ela cozinha com gengibre e curry. Eu uso no máximo manjericão.
Ela quer bancar a periguete, mas só eu sei o quanto ela precisa de amor.
Eu não a entendo, mas não preciso entender.
Ela é assim, essa controvérsia em forma de gente, que chega do acampamento de oração marcando uma balada massa!
Ela não é da família, não mora perto de mim...eu não tenho obrigação nenhuma de vê-la ou ouvi-la.
Mas isso era tudo o que eu queria agora.
Pra morder no seu dedo e fazê-la ver que dói, que nem a vida.
Pra mostrar que doer faz parte, que é preciso doer pra ser belo, que nem tatuagem.
E que eu sempre estarei na ponta desse dedo, a poucas teclas de distância, latejando, pulsando, cheia de vontade de te ver feliz!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Remexendo umas fotos antigas acabei encontrando alguns textos...Cinco, pra ser mais exata.
Eles foram escritos em uma época em que eu achava que acreditava mais no amor, nas pessoas, na vida. Apesar de tê-los escritos numa época de inocência e em que eu não precisava "ralar" (como diz o popular) pra viver, sinto neles uma revolta, uma indignação e um inconformismo ainda maior do que o que sinto hoje.
Talvez hoje eu creia mais no amor, nas pessoas e na vida. Não porque não sofri decepções, mas porque elas me ensinaram que nada é perfeito, e é isso mesmo que faz tudo tão colorido.
Eu tinha vergonha desses textos que escrevia na transição infância/adolescência. Mas hoje, relendo esses rabiscos que minha avó encontrava embolados no lixo do meu quarto, percebo que, por mais que tenha crescido e aprendido, continuo com a mesma chama, embora mais contida.
Os textos que seguem são uma amostra do que eu era há mais de dez anos, e do que continuo a ser hoje...uma aspirante a poeta, que não quer ser imortal ou entrar pra história, mas não deixa passar uma oportunidade de falar o que pensa, seja como for.

Se não for pedir muito

Se não for pedir muito
queria ser o sujeito do seu predicado
da frase adorada que diz o ser amado:
"Te amo".

Se não for pedir muito,
queria entrar no seu coração...

Se não for pedir muito,
me desculpa
por pedir demais...

Proibições

Aqui
tudo é proibido!
Do gorjeio das gaivotas
ao sorriso das crianças.

Aqui
fico sem amigos.
Sou indiferente
eles idem.

Aqui
fico só,
incompreendida,
única.

Aqui
tenho vontade de gritar.
Só não grito
porque também é proibido.

Aos poetas

Eu queria ser a palavra
que sai da boca do poeta
porque um poeta só diz verdades.
E eu queria ser a verdade
da existência do poeta
porque a verdade do poeta é o amor.
E eu queria ser o amor
que inspira o poeta
Porque a inspiração é poesia.

E a palavra do poeta é poesia,
a verdade do poeta é poesia,
O amor do poeta é poesia,
a inspiração do poeta é a vida.

Porque tudo que vive é poeta,
tudo que fala é poeta,
tudo o que ama é poeta,
tudo o que chora é poeta,
tudo o que sonha é poeta.

É por isso que somos todos poetas.

À sua espera

Paralelas à minha vida
as coisas acontecem.
Sem saber do meu sono
as noites amanhecem.
Sem saber do meu ânimo
os dias anoitecem.
Ignorando a minha alegria
as pessoas entristecem.
Alheios ao meu coração
os amores adormecem.
E eu, o que fiz enquanto esperava tua chegada?
Fiquei aqui...parada...
vendo a dor da madrugada
saudando a alvorada
que vem dar-me novamente
a esperança de que, finalmente,
virás ao meu encontro.

Desespero

O desespero
é a fome plantada
na face de uma criança,
é o abandono sórdido
na vida de um idoso,
é a desesperança fria
no seio da juventude.

O desespero
está na luta inerte
daquela mulher pobre,
da puta,
da negra,
está no apelo mudo
daquele homem do mundo:
"Sou mais um desempregado!"

O desespero
está na luta sangrenta pelo dinheiro
está na parcialidade da nossa revolução
"Salve-se quem puder"
"Um por todos, e cada um por si".

O desespero
é a nossa passividade perante a repressão,
é a repressão mascarada pela mídia,
é um time de futebol mascarado de nação.
Há quem diga que eles são todos iguais...
Outras dizem que eles só mudam de endereço...
Mas poucas são aquelas que conseguem viver sem um.
São eles que carregam peso, matam barata, acendem a luz da varanda pra ver se não há mesmo ninguém, que mudam aquele móvel pesado de lugar diversas vezes pra satisfazer seus caprichos de aspirante a decoradora.
São eles que abrem os potes de azeitona, abrem e desossam o frango, descamam o peixe e cuidam da churrasqueira.
Mas pra todas essas coisas que eu acabei de falar, qualquer um serve!
Mas pra cada uma de nós, só há um no mundo inteiro que sirva pra te acordar fazendo cócegas, pra te fazer dormir roçando os pés nos seus, pra te aquecer no friozinho do cinema, pra coçar suas costas e pra te adular quando você tropeçar no pé da cama.
Só um, entre todos no mundo, vai fazer você achar bonito um assobio desafinado, uma dança desengonçada, uma cantoria de chuveiro, um acordar descabelado...
Só um, em todo o universo, vai fazer você nem ligar pra pia cheia de louças sujas, pro cabelo no sabonete e no ralo do banheiro, pro papel higiênico que não foi reposto, pra cama bagunçada.
Só um vai servir pra acalmar seu coração quando nada bastar, só um vai te deixar arrepiada só com um olhar.
E é pra esses homens que eu desejo um feliz dia do homem.Para os que souberam conquistar a honra de ser não o primeiro, mas o último e o mais importante na vida de uma mulher. Para os que se assumiram seu lado sapo sem deixar de ser príncipes. Para aquelas que encontraram seu exemplar único e raro, PARABÉNS! São poucas as que conseguem encontrar (quem dirá manter) esse presente por muito tempo. E para aqueles que SÃO esse presente, mais que parabéns, OBRIGADA. Porque só quem encontrou o seu HOMEM, assim, não só com H, mas com todas as letras maiúsculas, sabe do que eu estou falando!
FELIZ DIA DO HOMEM!

domingo, 24 de junho de 2012

Eu sei que você acorda cedinho pra tomar o remédio pulando da cama, e depois volta a dormir como se nada tivesse acontecido. Sei que você não gosta de fazer nada antes de tomar café. Que tem que ter leite frio com toddy e oito gotinhas de adoçante pra acompanhar o pão, que pode até ser amanhecido. Sei que detesta dias de sol forte, mas que se anima todo em ver o céu nublado, carregado de nuvens cinzas, que só me dão vontade de dormir mais.
Sei também que come sem sal, sem gordura, mas com muito sabor e de preferência com muita salada. Que sempre repete se o tempero te agrada e que sempre complementa com ketchup, limão e queijo e sempre come a sobremesa com granola. Sei que não dispensa um cochilinho depois do almoço e sempre se atrasa pros compromissos vespertinos, mas não deixa de usar fio-dental e escovar os dentes demoradamente (talvez por isso seu sorriso seja tão lindo).
Sei que precisa comer uma fruta à tarde e que deixa as cascas quase sempre em cima da pia (ou dentro dela). Sei que anda pela casa o dia todo de samba-canção com se nem fosse roupa-de-baixo e não passa a roupa pra sair, a menos que ela esteja muuuito amassada.
Eu sei que você sempre esquece alguma coisa ao sair de casa (pode ser uma lâmpada acesa, um ventilador ligado, ou o capacete) e que tem sempre que conferir se trancou a porta da sala.
Sei que você confere os dados nutricionais de tudo o que compra no supermercado, que mede a pressão algumas vezes por dia, que não usa roupa nova sem lavar, mas que morre de preguiça de trocar a roupa de cama.
Sei que você acha estranho que eu só goste de fazer tudo acompanhada, mas sei que é pra mim que você liga quando não acha a tampa de uma panela e que sempre me pede pra ensaboar suas costas.
Sei o toque certo pra despertar seu corpo, sei onde fica cada marquinha, cada cicatriz, cada curva.
São tantas coisas que eu sei...tantos detalhes, tantas manias...
Mas ainda não aprendi a calar quando preciso. Não aprendi a hora certa de falar, muito menos o jeito de falar pra não te fazer fugir. Não aprendi a ser forte como você, a fazer valer o que penso, mesmo que isso custe algumas lágrimas.
Não aprendi e não quero aprender a ficar sem você.
Tenho medo da convivência
Que mostra meus defeitos
Que me faz ver os seus
Que não deixa outro jeito senão encarar a verdade.

Tenho medo da ausência
Que nos acostuma a ser sós
Que nos faz indivíduos
Que não precisam de outro e esquecem o "nós".

Tenho medo da solidão
Que me faz perder a paz
Que me faz pensar demais
E não achar respostas às perguntas mais óbvias.

Tenho medo do silêncio
Que grita aos meus ouvidos
Que escancara as portas
E deixa entrar todos os pensamentos.

Tenho medo do MEDO
Que me deixa sem ação
Que me faz dizer besteiras
Que invade corpo, alma e coração.

Só não tenho medo de amar.

domingo, 22 de abril de 2012

Eu me acostumo a ver televisão mais do que eu gostaria, a levantar de madrugada, a comer sem sal, sem gordura e às vezes até sem açúcar. Me acostumo a dormir cedo, a não sair todo fim de semana, a sair pra dançar sozinha, a estudar o fim de semana todo. Eu me acostumei a cuidar de você, a dobrar suas roupas, fazer comida sem sal e mesmo assim bem temperada, a lavar vasilha por gosto. Eu já me acostumei até com os atrasos, a demora pra me responder, o seu jeito "durex" de ser, tão diferente do meu "super bonder"...Com isso tudo eu me acostumei, e não foi esforço nenhum. Mas eu não quero e não vou me acostumar com a sua ausência. Não sei ser sozinha sequer um dia! Não me acostumo em acordar de manhã sem te ver do meu lado, em não ter seu beijo de bom dia (t-o-d-o dia), em não ver você pular da cama bem cedo pra depois voltar a dormir, em não tomar café da manhã do seu lado e ver você sujar a margarina com a colher do chocolate. E apesar dos dias sem tudo isso serem bem mais frequentes, eu não me acostumo e não quero me acostumar. Porque eu sou assim..."super bonder"!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Carta para minha mãe

Dorinha, minha rainha, minha mãezinha, minha doce corujinha...
Quantas vezes, minha mãe, eu quis estar ao seu lado, ainda mais perto do que o coração permite...quantas vezes eu quis trocar de lugar com você, tomar pra mim um pouco do peso da cruz que de vez em quando pensei deixar mais pesada.
Quantas vezes olho para mim e quero ver você, quero enxergar em meus olhos a sua força, nas minhas palavras a sua coragem, nos meus atos a sua fé...
De você herdei a missão/vocação, o amor pela música e até os gostos musicais, a "veia poética", a mecha branca no cabelo, a magreza elegante, as pernas bem feitas e o jeitinho de falar ao telefone. Mas parece que queria ter herdado ainda mais...só pra ter ainda mais de você aqui comigo.
Todas as vezes que me lembro de você, aqui de longe, vejo o quanto eu virei mesmo uma corujinha, assim como você! A insônia criativa, a necessidade de estar sempre "à caça", a esperteza, mas principalmente, a "corujice" em si...
Dizem que a coruja é a mãe mais apaixonada que há no reino animal. Cuida dos filhotinhos até que estejam prontos pra alçar os próprios voos, e mesmo que eles sejam feios de doer, os trata como as maiores beldades do mundo!
E graças a essa sua "corujice" é que aprendi, acima de tudo, a me amar! E me amar principalmente porque vejo em mim um espelho de você...e como eu poderia não amar algo que se pareça com você?
Me lembro de que, quando criança, quase toda frase que eu dizia na escola começava com "A minha mãe...". Algumas pessoas me achavam mentirosa, julgavam impossível existir mulher assim, tão maravilhosa quanto a das histórias que eu contava.
Mas ela existe!
E é só minha!
Minha Dorinha, minha rainha, minha corujinha, a minha mãezinha "que mesmo não me vendo, me vigia..."

Te amo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

As pessoas alegam não ter tempo para amar.
Há muito que se fazer, livros para ler, assuntos para estudar, filmes para assistir, músicas para ouvir, dinheiro a ganhar.
Mas me pergunto, pra quê ter conhecimento sem ter com quem dividi-lo? Que graça tem ouvir uma música que não te serve de trilha sonora, que não reavive em você a sensação daquele beijo, daquele olhar...Pra quê tanto dinheiro se nunca há tempo para gastar com coisas que lhe fazem bem?
Pra mim o amor é uma necessidade quase fisiológica! Você sempre arranja tempo pra comer, pra ir ao banheiro, pra tomar banho...Por que então tanta dificuldade em arranjar tempo pro amor?
Para mim, estar só (por opção) é egoísmo. É julgar-se tão bom, tão superior, que precisar de alguém pra viver é fraqueza demais. É guardar só pra si o melhor que há em você, é recusar-se a dividir suas felicidades e pesares com alguém, porque amar é doar, compartilhar...
Pode ser medo também...De ver-se fraco, dependente, impotente, ligado a outra pessoa por elos invisíveis e indestrutíveis.
Eu não ligo em ser fraca. Gosto mesmo de me doar...de doar cada gota de sangue, lágrima e suor por quem eu amo.
Porque há de chegar o dia em que você terá tempo de sobra pra gastar. Ainda haverá o que ler, ver ou estudar, mas seus olhos estarão cansados. Seus ouvidos não terão a mesma acuidade de antes, embora as melodias de antes ainda te embalem. E nessa hora, não haverá no mundo dinheiro que possa comprar o que, um dia, quiseram te dar de graça.

terça-feira, 20 de março de 2012

Era como se estivessem se vendo pela primeira vez.
O coração disparado, os olhos curiosos procurando cada canto daquele aeroporto, as mãos geladas e tensas buscando disfarçar a ansiedade.
Vestido novo, cabelos arrumados, unhas escuras como ele gostava, na pele, seu perfume preferido...tudo pra fazê-lo sentir bem em estar de volta.
Havia se esquecido o quanto era difícil esperar... mas também não se lembrava o quanto era bom reencontrar. Cada minuto daqueles vinte e dois dias de saudade, cada preparativo, cada surpresa pareciam servir como fermento praquele amor que ela nem sabia ser tão forte.
As primeiras noites foram terríveis! Rolava na cama esperando um sono que não vinha, ouvia todo dia a mesma música, esperava a meia-noite pra virar a página do calendário, fazia listas do que fazer quando chegasse o dia.
E enfim, havia chegado!
As últimas horas passaram depressa, só pra dar a impressão de que tudo estava sendo feito às pressas, e aquele friozinho na barriga, o medo de não ter dado tempo de ficar tudo perfeito, tudo do jeito que ele gostava e merecia.
E então, ela o viu. E mesmo sem óculos o identificou de longe. Blusa azul, como ela gostava, barba cerrada, daquele jeitinho que a deixava arrepiada só de olhar! Ele também pensara nela. Se abraçaram forte e ela pôde sentir de novo o cheiro que tanto a fizera falta...o cheiro que ficou guardado na camiseta na qual dormira abraçada por vinte e duas noites.
Olharam-se de perto, certificaram-se de que nada mudara, que estavam finalmente ali, frente a frente, como tanto esperaram.
Mesa posta, jantar servido...lasanha, suco de uva e chocolate de sobremesa. Ela havia esquecido a salada, mas fizera o arroz! Ele dizia não ter problema, que o mais importante estava ali, eram os dois...
E então, no silêncio do quarto se olharam de novo, longe de qualquer outro olhar, longe de qualquer saudade. E nos olhos um do outro se reencontraram. E nos olhos um do outro, marejados de saudade, perceberam que era ali que queriam estar, pro resto da vida.

terça-feira, 13 de março de 2012

Me abraça forte
E deixa verter dos olhos a saudade
que já não cabe no peito
Me deixa sentir seu cheiro
Pra enfim poder respirar direito
Me beija a boca
E cala logo esse desassossego
Me toma pela mão e me leva com você
Que me coração já está pedindo arrego
Me joga na cama, me ama
Tira de mim essa angústia insana
Essa vontade de, todo dia
Querer ser sua mulher
Dorme do meu lado
E mostra que não há sonho que se compara
À sua visão, branda e calma
que me alivia e eleva a alma

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sinto falta dos seus olhos
Pra me saudar com um bom dia
Quando o sol abre as primeiras janelas da manhã.
Sinto falta do seu beijo
Pra me acalmar o peito
Enquanto o mundo gira sem parar.
Sinto falta das suas mãos
Pra esquentar as minhas
Quando o vento frio bate e o cobertor não bastar.
Sinto falta do seu corpo
Pra abrigar meu amor
Quando meu corpo para de caber.
Sinto falta de tudo
Tudo que é seu e passou a ser tão meu
Tudo em você que me faz ser EU.
Sinto falta de mim.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Chove forte lá fora...
Aqui dentro também...
Chove dos meus olhos a saudade, a vontade de pegar pra mim essa dor que te consome, o desejo de arrancar com as mãos a sua agonia e fazê-la minha.
Chove forte no peito a dor de ter você longe, de não poder te colocar no colo e te fazer carinho, de não poder fazer mais que te amar.
Chove muito agora...
A chuva parece não perdoar e arrasta tudo o que consegue...
Dela, só escapa o que é forte, o que tem raízes e se agarra ao chão.
Dela, escaparemos nós,
Escapará esse amor que nos une,
E enquanto ele houver,
o resto, será sol...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Eu quero estar com você
Enquanto seus braços estiverem fortes,
O seu corpo resistir ao cansaço,
Sua alma ainda for jovem.
Eu quero estar com você
Pra sonhar os sonhos mais lindos,
Pra galgar caminhos devagarinho,
Pra lutar, quando for preciso.
Eu quero estar com você
Quando puserem um “Dr” em frente ao seu nome,
Quando não houver tempo pra sonhar,
Quando, às vezes, o corpo cansar.
Eu quero estar ao seu lado
Pra te dar a mão quando vier a dor,
Quando você viver qualquer dissabor,
Pra te mostrar que nada é maior que o amor.
Eu quero estar ao seu lado
Quando os sonhos começarem a se tornar reais
Quando pudermos descansar em paz
À sombra das árvores que regamos.
Eu quero estar ao seu lado
Quando esses poucos cabelos brancos se espalharem
E cobrirem de neve sua fronte,
Quando o corpo estiver cansado...
Os braços já sem força...
Mas mesmo assim
Te dar motivos pra continuar sonhando
E mostramos que juntas
Nossas almas serão sempre jovens.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Às vezes dá vontade de parar de dizer "sim", "tudo bem", "não tem problema".
É que às vezes cansa ser altruísta, simpática, compreensiva.
Às vezes...só às vezes, seria bom o oposto, só pra variar.
De vez em quando dá vontade de responder a um "como vai" com a verdade.
As pessoas estão prontas pra isso? Pra ouvir que "não, não está tudo bem" e entender que talvez elas pudessem fazer alguma coisa pra mudar isso?
Acho que não.
As pessoas só foram educadas para a educação. Pra sinceridade, não!
Então continuo política, compreensiva, calma.
Até que um dia eu exploda e volte a ser eu.
Mande todo mundo praquele lugar e faça tudo do meu jeito.
Mas por enquanto sigo assim...calma...tranquila...compreensiva...engolindo sapo atrás de sapo, enquanto couber.
E assim pelo menos não estarei sozinha. Sempre haverá alguém interessado na minha compreensão, na minha quase submissão.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Poderia haver forma mais fácil e menos piegas de dizer...
Poderia haver um jeito mais simples pra te fazer entender isso que nem eu consigo explicar, mas é tão simples e tão natural, que parece já ter nascido comigo...
Eu poderia gastar todos os meus minutos admirando você, perdida na imensidão dos seus olhos, brincando com os meus dedos pelo seu corpo, que eu já conheço tão bem.
Eu poderia cantar todas as baladas de amor que já foram entoadas...uma nova canção se ergueria aos meus ouvidos cada vez que eu te ouvisse pronunciar meu nome.
Eu poderia ter as roupas mais caras e belas...nada me cairia melhor que suas mãos quentes, seu corpo palpitante e seu abraço protetor.
Eu poderia seguir por qualquer caminho, por mais tortuoso que fosse, desde que eu soubesse que você estaria lá pra me receber com os braços abertos e um sorriso no rosto.
Eu choraria todas as lágrimas, secaria um mar todo...se fosse esse o preço de um sorriso seu.
Eu sofreria tudo de novo...todas as dores desse e de outros amores que vivi...amarguraria de novo cada espera, se soubesse (como hoje sei) que valeria a pena.
Eu viveria de novo cada momento de dor da minha vida em troca de qualquer um dos dias ou noites que passei ao seu lado.
Eu poderia escrever outras tantas palavras, até mesmo um livro inteiro...o tamanho do que eu sinto não caberia em lugar nenhum...é algo que só aumenta, por mais que eu "gaste".
Eu poderia usar qualquer termo ou expressão, que a verdade seria uma só...a mais simplista e piegas de todas, mas a única que já inventaram que é capaz de resumir um pouco disso tudo: AMOR.